�Por que ter até 4 mulheres é um justo de um muçulmano? Acabou o curso de Direito no ano de 1971 e, depois de três anos de luta contra o sistema legal de Gaddafi, ficou, em 1975, a primeira mulher a voltar ao cargo pela Líbia. Qual é a circunstância política em teu país?
você Vê alguma escolha de acordo antes do Natal? Infelizmente, há muitos obstáculos para poder aplicar o acordo de paz assinado há quase um ano. Alguns setores consideram este plano uma imposição do exterior, não como um pacto entre os líbios, e o rejeitam, especialmente por seus postagens relacionados com o exército e a polícia.
Ninguém quer um poder central submetido às milícias (há trezentas e na Líbia!), e descobrimos que a capital está nestes momentos controlada por uma delas. Há 4 milhões de armas no estado, e uma ocorrência inédita no mundo: os milicianos recebem um salário, como se fossem militares de carreira.
O Líbia um Estado falido, sem elementos para tornar-se outra vez em uma única nação? Não tenho dúvida que a ausência de instituições que se arrasta desde a data da ditadura de Gaddafi, quando estabeleceu a corrupção e o nepotismo, porém os líbios têm um potente significado de povo e de nação.
O problema é que estamos partindo do zero em tudo. Ademais, a velha briga contra a ditadura deu ambiente a outro desafio ainda maior: o que coloca o bloco de partidos e grupos islâmicos que defendem o regresso à população medieval.
Qual é a situação da mulher líbia? Você melhorou ou piorou em relação à era de Gaddafi? A competição da mulher líbia pelos seus direitos começou muito antes da chegada de Gaddafi. Tendo como exemplo, obtivemos o direito ao voto neste instante em 1963. Mas também é verdade que com o encerramento da ditadura retrocedemos pro avanço da Sharía, a lei islâmica, na legislação. Já é sensacional, tais como, pela Líbia, que o homem tenha várias esposas, sem garantias de que possa mantê-las.
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Outro botão de amostra: é possível o casamento com crianças pequenos de 20 anos, uma coisa que algumas famílias permitem pra dar proteção a suas mulheres, em um clima tão duro como o que sofremos. Em uma concepção mais global, como a Primavera Árabe, que começou pela Tunísia em 2011? Você foi de fato uma primavera pra mulher? Minha avaliação é que não.
Foi, por todo caso, uma possibilidade de autonomia para os homens, que são os que estão tomando nesta hora as decisões sem ter em conta o parecer das mulheres. Só preocupou-se desenvencilhar-se dos ditadores, em nenhum momento, aprimorar a circunstância de autonomia de todos os cidadãos.
Há mais de véus islâmicos nas cidades grandes árabes desde a chamada Primavera? É claro que sim. Hoje muitas mais mulheres árabes vestem-se com véu. Qual a tua opinião do véu integral? Como faz bem a Europa em banir os espaços públicos? Como mulher não tenho dúvida que é fundamental acatar a independência de todos a vestir-se como quiserem, desde que não haja coação externa. Na minha avaliação, a partir dos dezoito anos, cada mulher tem que tomar livremente a decisão do véu, entretanto antes desta idade, os pais não conseguem imponerlo: vai contra a Carta de Direitos da Criança.
