Até as meninas agora sabem: no momento em que Pinóquio mente, ele cresce o nariz. A célebre fábula de Carlo Collodi, no fundo, o que sugere que não se diz a verdade, mais cedo ou mais tarde eles vão te apanhar. O corpo a todo o momento se revela.

A história está cheia de casos célebres e de toda classe de embaucadores ou impostores que souberam fazer-se ir por outros, falsificando tua identidade com extrema aptidão. Há tantos exemplos que não caberiam nestas páginas. Em razão de impostores, sempre houve.

“Há um estágio histórico favorável para o surgimento desses protagonistas, que são as lutas. Nos momentos de inconsistência, aparecem pessoas que se aproveitam da desarrumação pra atender seus interesses”, explica por telefone Michel Decker, historiador francês, autor, entre outros livros, de Os excelentes impostores da história.

Efetivamente, por exemplo, houve uma centena de candidatos que se fizeram passar por Luis XVII, depois da decapitação do rei. Bem como as crises econômicas costumam ser caldo de cultura pra estes personagens que tiram partido da fragilidade e da credulidade alheia. Não obstante, há que distinguir. Porque há impostor e impostor.

Becker enumera três casos. “É a pessoa que se encontra, em certas circunstâncias, assumir uma identidade e, logo em seguida, a mantém. Seu engano não era algo planejado”, aponta Decker. Isto é, são os que tornaram-se embaucadores quase sem aspirar. “Depois, é claro, estão os loucos. “. São os casos patológicos, daqueles que não controlam teu jeito, que custa muito levar a realidade. Entre estes dois extremos, estão os mais intrigantes: os impostores por vocação, os artistas do engano. “São, à sua maneira, geniais. Enganam-se a o mundo todo, têm uma graça especial, dotes incríveis”, conclui o especialista francês. De acordo com Sarah Burton, autora do livro Impostores (Alba), estes indivíduos “iniciam-se como pessoas normais.

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Estudam a maneira viável em que se desenvolverá a sua vida e optam o que é inaceitável. Mentem com tanta convicção, que as portas da oportunidade pra eles se abrem de par em par. Como seu eu e querem se livrar dele”.

Estamos, que, diante de uma alternativa premeditada de um estilo de viver. José María Martínez Selva, professor de Psicologia pela Escola de Murcia, autor de vários livros, entre eles A grande falsidade (Paidós), confirma que a maioria dos grandes impostores da história “eram perfeitamente conscientes do que faziam.

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